Prefeituras do interior de São Paulo usam drones para combater mosquito da dengue

  • 18/01/2025
Equipamento usado para pulverizar lavouras é o mais novo aliado da Prefeitura de Urupês. Em São José do Rio Preto, exerce a função de fiscalizar terrenos. Prefeituras do interior de São Paulo usam a tecnologia para combater a dengue Prefeituras do interior de São Paulo estão usando tecnologia para combater o mosquito da dengue. No ano passado, a região noroeste do estado registrou mais de 100 mil casos e 119 mortes pela doença. O drone usado para pulverizar lavouras no noroeste paulista é o mais novo aliado da Prefeitura de Urupês no combate à dengue. O equipamento, emprestado por um produtor rural, despeja larvicida contra criadouros do mosquito em pontos da cidade de 13 mil habitantes e 500 casos registrados no ano passado. "Todos os pacientes suspeitos ou diagnosticados são mapeados. Então, a equipe de endemias já recebe o endereço e, todo o entorno da residência, fazemos a pulverização com o drone. Consegue pulverizar um quarteirão em cerca de 1 minuto e meio, dois." diz Beto Cacciari, prefeito de Urupês. A ideia é atingir coberturas e calhas, dificilmente vistoriadas pelos moradores. "Eu consigo fazer a logística de quanto vai cair e em qual local vai cair. A gente vai fazer o fracionamento do produto para que ele caia certo nas casas e com uma vazão ideal para que atinja o alvo", diz Guilherme Leite Tavares, operador do drone. A estratégia de usar drones no enfrentamento à dengue também foi adotada em São José do Rio Preto, maior cidade do noroeste paulista. Mas, neste caso, o equipamento exerce a função de fiscalizar, do alto, terrenos que se tornaram pontos clandestinos de descarte de lixo. O objetivo é identificar as pessoas que estão jogando lixo para que sejam multadas. O valor das autuações varia de R$ 1,5 mil a R$ 8 mil. 100 terrenos já foram mapeados para fiscalização. "Jogam pneus, baldes, recipientes que podem acumular água, e aí é um criadouro do mosquito, isso favorece a dengue", diz José Heitor dos Santos, secretário de Serviços Gerais. A cidade já decretou situação de emergência em saúde. No ano passado, foram 33 mil casos e 19 mortes. E as UPAs seguem lotadas. "Cheguei aqui meio-dia, agora seis da tarde, não fui atendido ainda. Tem muita gente com dengue aí dentro? Tem muita gente passando mal", diz o assentador de pedras Jonatan Lopes Domingos A Secretaria de Saúde de São José do Rio Preto criou 55 novos leitos para internação de pacientes com dengue e aumentou o horário de atendimento, além de abrir um centro de hidratação. Outras 15 cidades da região decretaram situação de emergência por conta da dengue. No total, são cerca de 103 mil casos e 119 mortes. "Nós temos uma epidemia mista, com basicamente a mesma quantidade de dengue 2 e dengue 3. O que é importante é: o dengue 3 está circulando pela primeira vez de forma importante em 15 anos, então nós temos uma grande população suscetível. E o dengue 2, que circula é o chamado genótipo cosmopolita, que é um vírus asiático, que chegou no Brasil há uns dois, três anos atrás e está se expandindo pelo Brasil", diz o virologista e pesquisador da FAMERP Maurício Nogueira. "Esse contexto é um contexto,em termos de virologia, preocupante para epidemia", complementa.

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2025/01/18/prefeituras-do-interior-de-sao-paulo-usam-drones-para-combater-mosquito-da-dengue.ghtml


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